A palavra...a escrita...a palavra que é escrita, mais do que a que é dita, é a forma mais pura de expressão. A arte de escrever, mais do que qualquer outra, permite ouvir um simples respirar, sentir o perfume mais ténue de uma flôr, vêr...o que se quiser mostrar...despertar em nós todos os sentidos, emoções e expectativas numa só...palavra que nos beija...
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O´neil
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6 comentários:
Muito bonito.. por momentos pensei que fosse um poema de amor para alguem... alguem gordo e que dorme muito....
beijões...
Então?
Dou uma fugida até aqui e encontro chapéus onde não há cabeças! flôr??? vêr???
Se fosse uma fórmula química...
Aquela era o meu alter ego, a que tem a mania que é um corrector ortográfico...
Eu cá fiquei sensibilizada!
Nos dias de hoje, só se utilizam palavras que ferram, arranham e magoam das maneiras mais torturantes possíveis. Por isso, sabe tão bem ler palavras que são perfeitas melodias. ;)
Beijinhos
Lilicat: sabes que a miuda tem a mania que é intelectual... isso sou eu!! eehehhe
Adorei o poema de Alexandre O'Neil, lindo, lindo e muito significativo. Infelizmente hoje escreve-se pouco, mas a palavra escrita tem muitas vezes mistérios insondáveis, poesia nas entrelinhas, silêncios cheios de emoção...
Gostei de te conhecer.
Tem um bom Domingo.
Um abraço
Para quando novidades deste teu blog incrível?!
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